sábado, 19 de novembro de 2011

O inferno












Inferno é uma palavra
Que muito já ecoou
Na boca de muita gente
Seja por ódio ou amor
O próprio Jesus falou
Fez questão de informar
Que no Ades há tormento
Pra todos que vão pra lá
Que o caminho é só de ida
E não tem como voltar

Então quero convidar
O meu querido leitor
Para comigo pensar
No que Jesus Cristo contou
Tá registrado em Lucas
O apóstolo e doutor
Que fez questão de escrever
Para mim e pra você
Não ter que um dia dizer
Pois ninguém me avisou

Havia um homem rico
Vestia linho finíssimo
Orgias era seu prazer
Com vida arregalada
Pra si não faltava nada
Nem pensava em morrer
Ignorava os profetas
De Moisés não quis saber
Não sabia que um dia
Podia então perecer

Havia também um pobre
Que mendigava o pão
E na porta da quele rico
Pedia a refeição
Com o corpo cheio de chagas
Perecia nas calçadas
Era lambido por cão
Mas cria no Deus da lei
Quero dizer pra vocês
Tinha um nobre coração

Mas a morte vem pra todos
Seja rico seja pobre
Seja branco seja preto
Seja ruim ou bondoso
No dia certo ela chega
Seja velho seja moço
Chegou pro mendigo lázaro
Trazendo-lhe o descanso
Foi pro seio de Abraão
Nos braços de alguns anjos

Morreu também o ricaço
Homem de mau coração
Os anos que aqui ficou
O ego lhe dominou
A ninguém ele ajudou
Nem lhe prestou atenção
Depois que foi sepultado
Em consciente estado
Ao inferno foi levado
Lugar de total maldição

Quando foi jogado lá
Foi grande seu desespero
Ergueu os olhos ligeiro
Afim de lá escapar
Enxergou um grande abismo
Do outro lado um lugar
Era o seio de Abraão
O conforto estava lá
Pôde ver Lázaro o mendigo
Com Abraão a conversar

Assombrado com o lugar
Gritou bem alto a Abraão
Tenha de mim compaixão
Venha me ajudar
Manda Lázaro trazer água
Pra minha língua refrescar
Pereço aqui nestas chamas
Que não para de queimar
Se eu pudesse sair
Pra cá não ia voltar

Abraão lhe respondeu
Filho vou te lembrar
Deixaste o egoísmo
Na terra te dominar
Usufruíste de bens
Que nem dá pra enumerar
A lei de Deus ignorou
Por isso foste pra lá
Sinto muito em dizer
Não posso te ajudar

Lázaro foi um mendigo
Vivia a perambular
Mas cria no Deus supremo
Que ia lhe ajudar
Por isso é que está aqui
No ceio a descansar
Entre nós há um abismo
Ninguém pode ir pra lá
De sorte que os que estão aí
Não podem passar pra cá

O rico então pediu
Manda alguém avisar
Na casa de meu pai
Pra eles não vir pra cá
Pereço neste tormento
Não consigo me livrar
Abraão falou com pressa
Fez questão de avisar
Lá tem Moisés e os profetas
Queiram a eles escutar

Pai Abraão eu suplico
Se um dos mortos for lá
Creio que eles vão
Passar a acreditar
Que o inferno existe
Que só Deus pode livrar
Lá têm Moisés, os profetas
Falou assim Abraão
Ainda que um ressuscite
Nunca acreditarão

Meus amigos foi Jesus
Mediador dos cristãos
Que nos contou este fato
Chamando nossa atenção
Mostrando pra onde vai
Sem poder sair jamais
Quem tem um mau coração
E para quem faz o bem
Muitas bênçãos ele tem
No seio de Abraão

O seio de Abraão
Pra quem não sabe eu digo
E a antessala do céu
Lugar de gozo infinito
Antes de Cristo, ele estava
Conforme a Bíblia revela
Bem ao lado do inferno
Na parte baixa da terra
De lá se via o sofrer
De quem a Deus só fez guerra

Mas Jesus quando expirou
E sua vida doou
Trazendo a nós o perdão
Desceu ao seio da terra
Para mais uma missão
Aos mortos ele pregou
A Bíblia faz afirmação
Quando cumpriu seu roteiro
Levou cativo o cativeiro
O seio de Abraão
FIM
João Batista M. Nascimento


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