Sejam bem vindos blogueiros/ Ao meu blog visitar/ Me chamo joão Batista/ Sou do estado do pará/ Sou escritor cordelista/ Meu prazer é divulgar/ Testemunhos em cordéis/ Afim de evangelizar/ Deixe o seu comentário/ Para eu analizar/ Se porém, você gostou/ Dos cordeis aí postados/ Não fique ai parado/ Copie e publique/ Informe a autoria/ E o livro publicado/ Me siga também no blog/ E eu ficarei honrrado/ E desde já agradeço/ pelo amor demostrado/
sábado, 24 de abril de 2010
SAUDADE
O autor volta ao passado, lembrando-se do seu tempo de criança e alertando o leitor para a realidade e as conseqüências trazidas por aqueles que não preservam a floresta.
Navegando pela Internet
Busquei o canto dos passaros
Depois de ouvir alguns
Murmurei falando baixo
O que saudade eu sinto
Do meu tempo de criança
Parece que vejo as saracuras
No igapó numa festança
E no outro lado do açude
Numa noite de luar
Perto do canavial
Ouço a aracuã a cantar
E deitado em minha rede
Fico a imaginar
Se estão na pitombeira
Ou no pé de ingá
O caburé da seu grito
A mãe da lua também
A peitica assobia
Um pouco mais além
O dia já vem raiando
No mais lindo desempenho
E o papai nos chamando
Para trabalha no engenho
E debaixo da alvorada
Do gado e dos passarinhos
Do galo com as galinhas
Tomo café com farinha
Ouvindo o sabiá
Lá no pé de goiabeira
Perto do pé de cuieira
Onde gosto de brincar
O calá com o leão
O ferrugem e o pilá
Saem numa latideira
Pensando que vão caçar
Mais o dia e de moagem
Não podemos vacilar
A não ser se o ferrugem
Um tatu gordo encontrar
Os bezerros no curral
Já começam a berrar
É o papai peando a vaca
Para o leite tirar
E na parte baixa do engenho
Do lado da gamela
Meu irmão parte o lenho
Pra na fornalha jogar
A garapa esta doce
Assim o mel vai ficar
A rapadura e macia
E eu quero saborear
Minha irmã faz alfinim
E eu olho no caminho
Vejo os trabalhadores indo
Ao canavial trabalhar
Joguei lenha na fornalha
O alambique aqueceu
A serpentina esquentou
É a cachaça "cristalina"
Que o papai batizou
Que vai sair na torneira
Pra encher uma frasqueira
Um carote e um tambor
Os animais entrelhados
Pronto pra cambitar cana
Saem todos apressados
Pois e final de semana
Amanhã cedo o papai
Na BR pega o "Bragança"
E lá no "47"
Desembarca sem tardança
Ao vender tudo, sem sobra
Vai à banca da dada
Pra comer uma tapioca
E depois de bater um papo
Com seu compadre bibi
Vai pra beira da estrada
E as duas horas da tarde
Retorna no "Gurupi"
Do meu pé de coité
Eu ouço o capelão
Rugindo lá na floresta
Bem no meio do verdão
E as araras pousando
Na mais alta árvore além
Fazendo uma algazarra
E os papagaios também
Mais a noite se aproxima
E eu vou até a cacimba
No intuito de banhar
Trago tudo na lembrança
E paro pra pensar
Como ainda sou menino
Saio pra casa sentindo
uma vontade de voar
Caros leitores eu quis
Em poucas palavras narrar
Um tempo que eu vivi
Que sei que não vai voltar
Mais a lembrança e boa
Feliz quem tem pra contar
Mais quero lhe avisar
Não vá se assustar
O cenário da história
Não e mais belo assim
Acabaram com a floresta
Transformaram em capim
Não respeitaram os rios
Foi tudo ficando assim
Onde tinha muita paca
Hoje só tem guaxinim
Mais ouvindo as noticias
De nivél mundial
Sobre o aquecimento global
E as suas conseqüências
Que a terra pede clemência
Agoniza e sente dor
Trazendo a umanidade
Catástrofe e horror
Sinto uma esperança
Pelo que se comentou
E imaginando eu vou
Que alguém das autoridades
Parece que acordou
E antes que seja tarde
Vamos salvar uma parte
Do planeta que restou
FIM
Autor: JOÃO BATISTA MENEZES NASCIMENTO
O mesmo é autor do livro, história do inicio da ass. de Deus no brasil em literatura de cordel.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário