As sete cartas do Apocalipse
Lendo eu Apocalipse
Veio logo em minha mente
Que Jesus Cristo e o mesmo
Ontem hoje eternamente
A inspiração tomou-me
Envolveu-me derrepente
Os versos foram brotando
Como água em vertente
Passei então a falar
Neste ser tão excelente
Então falo aos senhores
Das cartas que ele mandou
As sete igrejas na Ásia
Pelo apostolo do amor
Que estava preso na ilha
Para sofrer o horror
Por pregar a Jesus Cristo
Como único salvador
Esta ilha era o cenário
Do ódio do imperador
E quando João pensava
Que seu fim era chegado
Estava na ilha de Patmos
Para ser executado
Jesus Cristo visitou-lhe
Seu amigo mais chegado
Por detrás de sua costa
João ouviu um chamado
E quando virou pra ver
Ficou impressionado
Não resistiu sua gloria
Caiu no chão desmaiado
Mais Jesus o despertou-lhe
E falou-lhe em um brado
Eu sou o alfa e o Ômega
O que vivo e fui morto
E estou glorificado
João ao ver seu amigo
Esqueceu todo o perigo
E ficou muito abismado
O mestre apareceu-lhe
Meio a sete castiçais
Com um vestido cumprido
Em um desaine eficaz
Cingido pelos peitos
Um lindo cinto de ouro
Nunca visto jamais
Seus cabelos eram brancos
Como lã ou como neve
Transmitindo muita paz
Seus olhos afogueados
E os seus pés reluzentes
Sua voz como as águas
Tornava-lhe diferente
O rosto como o sol
Com força resplandecente
Disse assim para João
Escreve o que tens visto
Fui morto mais estou vivo
Estou vivo para sempre
Pra ÉFESO escreve assim
Conheço as tuas obras
Conheço o teu trabalho
E o que tens feito por mim
Tens provado alguns apóstolos
Vendo se é bom ou ruim
Tens sofrido és paciente
Mais sem amor és doente
Volta atrás te arrepende
Ou chegarás o teu fim
Pra ESMIRNA tu escreves
O que eu vou te falar
Conheço as tuas obras
Conheço o teu lugar
Tu és “pobre” mais, és “rica”
Tens como prosperar
Não tema o padecer
Que o diabo te lançará
Se fiel até a morte
Coroa eu vou te dá
A PÉRGAMO escreve isto
Conheço as tuas obras
Sei que tens corrido riscos
O lugar onde habitas
Também habita o iníquo
Não negaste a minha fé
Nem nos dias de Antipas
Mais toleras em vosso meio
Doutrinas que acho feio
De Nicolaítas e Balaamitas
A TIATIRA escreve
Sou filho do Deus potente
Meus olhos são como chama
Tenho os pés reluzentes
Conheço as tuas obras
Teu amor e teu serviço
Tua fé tua paciência
Tuas obras te dão presença
Mais toleras Jezabel
Mulher que trais desavença
Ela se diz profetiza
E engana os meus servos
Ensina a prostituir-se
Ensina a idolatrar
Do errado faz o certo
Sofrerão tribulação
Quem achar isso correto
Mais não sofrerá o dano
Quem guarda até que eu venha
Esse meu fiel decreto
A SARDO escreve isto
Eu sou o filho de Deus
E tenho os sete espíritos
Conheço as tuas obras
Estas morto e em perigo
De mim tu tens recebido
E até mesmo ouvido
Se não fores vigilante
Se não guarda os restantes
Virei a ti sem aviso
Os que não contaminaram
A brancura dos vestidos
Encontrar-se-ão comigo
Porque os tais são fiés
Eles são dignos disso
E todos os vencedores
Permaneceram no livro
E diante do meu pai
E diante dos seus anjos
Falo a quem tem ouvidos
A FILADÉLFIA escreve
Sou santo e verdadeiro
Eu fecho e ninguém abre
Abro e ninguém fecha
Sou o ultimo e o primeiro
Não negaste o meu nome
Sou teu fiel parceiro
Em breve te livrarei
Da angustia que virá
Ao povo do mundo inteiro
Eis que venho sem demora
Não digo o dia e a hora
Aquele que vencer
Será feliz na vitória
Guarda a tua coroa
E no tempo do meu Deus
Viverá outra história
Como ele prometeu
E com o apoio meu
Viverás de glória em glória
A LAODICÉIA, digo eu
Sou testemunha fiel
Princípio da criação de Deus
Não és quente nem és frio
Parece que a mim não creu
Diz sou rico tudo tenho
Mais nada disso é teu
És pobre cego e nu
Se zeloso arrepende-te
Quero que sejas meu
Eis que estou à porta e bato
Se alguém abrir vou entrar
Sentarei em sua mesa
E com ele vou cear
Ao que vencer certamente
Comigo vai governar
E ao lado do meu pai
Comigo vai se sentar
Quem tem ouvido ouça
O que estou a falar
Meus leitores hoje há
Como havia antigamente
Comunidades avivadas
Templos cheios de crentes
Porém não sei quais das tais
Serve mais dignamente
Mais Jesus nos prometeu
Que voltará derrepente
E levará para o céu
Igreja fiel e decente
FIM
Escritor cordelista
João Batista Menezes Nascimento